
O Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial é celebrado em 21 de março, para reconhecer a batalha e as conquistas de direitos sociais para a população negra. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, que ocorreu na África do Sul em 1966 e deixou 69 vítimas fatais.
Conheça expressões que devem ser abolidas de seu vocabulário
Ainda que não intencional, algumas expressões enraizadas na sociedade brasileira têm viés racista, como:
“Cor de pele”
Aprende-se desde criança que a cor bege é “cor de pele”, entretanto, é evidente que ela não representa a pele de todas as pessoas.
“Doméstica”
Negros eram tratados como animais rebeldes que precisavam de “corretivos”, ou seja, serem “domesticados”.
“A dar com pau”
A expressão é originada nos navios negreiros, em que muito dos capturados preferiam morrer a serem escravizados e faziam greve de fome na travessia entre os continentes. Para obrigá-los a se alimentar, um “pau de comer” foi criado para forçar as comidas pela boca.
“Meia tigela”
Os negros que trabalhavam à força nas minas de ouro nem sempre conseguiam alcançar suas “metas”. Quando isso acontecia, recebiam como punição apenas metade da tigela de comida e ganhavam o apelido de “meia tigela”, que hoje significa algo sem valor e medíocre.
“Mulata”
Na língua espanhola, referia-se ao filhote macho do cruzamento de cavalo com jumenta ou de jumento com égua. A enorme carga pejorativa é ainda maior quando se diz “mulata tipo exportação”, reiterando a visão do corpo da mulher negra como mercadoria. A palavra remete à ideia de sedução, sensualidade.
“Cor do pecado”
Utilizada como elogio, se associa ao imaginário da mulher negra sexualizada. A ideia de pecado também é ainda mais negativa em uma sociedade pautada na religião, como a brasileira.